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De forma geral, o ego é aquilo que representa o eu de cada ser humano. Para a psicoterapia reencarnacionista, organizada por Mauro Kwitko, o ego está dividido em quatro níveis e, durante uma encarnação ele sofre oscilações, conforme as influências externas que uma pessoa recebe. Sendo assim, podem aflorar características tanto inferiores quanto superiores. A evolução do ego é um dos objetivos da psicoterapia reencarnacionista e pode ser obtida por meio de sessões de investigação do inconsciente em conjunto com as sessões de conversa da PR.

Mauro Kwitko explica que o nível do ego de cada pessoa, por seguir um processo evolutivo, está diretamente relacionado ao espírito e suas experiências anteriores. Portanto, a referência e o tratamento que a psicoterapia reencarnacionista oferece é no sentido de revelar a personalidade congênita de uma pessoa e, automaticamente, encontrar a reforma íntima do ego. 

Os quatro níveis do ego

A PR identificou quatro níveis do ego: o infantil, o adolescente, o adulto e o ancião. E nenhum dos níveis tem relação com a idade de uma pessoa. Ou seja, uma criança não tem o predomínio de um ego infantil, um adolescente não tem o predomínio de um ego adolescente, um adulto não tem o predomínio do ego adulto e uma pessoa da terceira idade também não tem o predomínio de características anciãs. 

Mauro reforça que para identificar o predomínio de cada tipo do ego em uma pessoa é necessário realizar-se o seu mapeamento. Para ele, as variações do ego podem ser comparadas a um eletrocardiograma. Durante uma vida, a pessoa tem picos de cada tipo de ego, sem haver uma constância, pois aspectos externos acionam gatilhos inferiores e superiores o tempo todo, podendo ocorrer inclusive pitadas de ego ancião.

O organizador da PR explica que o ego infantil, o adolescente e o adulto subdivide-se em características inferiores e superiores. Já o ego ancião já se encontra em um nível de maestria, em um nível de evolução maior, apresentando comportamentos de compreensão, paz, ajuda e amor ao próximo. Como referência de uma pessoa com ego ancião encarnada ele cita o médium Chico Xavier, que tinha características de tranquilidade, amorosidade, gentileza e caridade com o próximo e não se magoava mais com as pessoas. 

Mas, como o mapeamento do ego não tem relação com a idade de uma pessoa encarnada, Mauro esclarece que uma criança pode ter um ego ancião, já que o seu espírito possui uma história anterior e muitas outras vidas anteriores, podendo já ter alcançado um nível melhor de evolução. Ao mesmo tempo, uma pessoa da terceira idade pode ter predominância do ego infantil, mesmo já estando encarnada há mais tempo. 

Personalidade congênita

Segundo Mauro Kwitko, há pessoas que apresentam comportamentos frequentes de carência afetiva, sensação de inferioridade ou se magoam facilmente. E, que isto normalmente é uma repetição de padrão comportamental de outras reencarnações, conhecida como personalidade congênita. Logo, para identificar aspectos de personalidade congênita, são realizadas sessões de investigação do inconsciente. 

“Normalmente após algumas sessões de investigação do inconsciente, a pessoa encontra sua personalidade congênita. Funciona como uma pista para a pessoa saber sua proposta de reforma íntima, sendo também aquilo que todo reencarnacionista quer saber. Nisso, concluímos que a reforma íntima pode ser entendida como o amadurecimento do ego”.  

O despertar da evolução do ego

A convivência com pessoas despertam características inferiores e superiores. O psicoterapeuta relata que o afloramento de características inferiores em uma pessoa é considerado algo bom porque pode fazer uma pessoa enxergar o que precisa ser trabalhado e melhorado em si mesmo. “O afloramento de características inferiores só é considerado ruim por uma pessoa no sentido dela perceber que tem a inferioridade que precisa ser melhorada. Quando a pessoa entende isso, ela passa a raciocinar como um adulto a respeito de suas inferioridades e dos gatilhos que fazem com que elas sejam acionadas. Isso ajuda para que a pessoa evolua mais rápido”, afirma.

Segundo ele, de forma adulta, evolui-se mais rápido. “Se raciocinarmos de uma maneira infantil, adolescente ou adulta inferior, não perceberemos o benefício que estamos recebendo naquele momento de percebermos que é para o nosso bem e não nosso mal. Isso pode mudar completamente a forma de enxergar a infância e as situações que não gostamos e, consequentemente,  vivermos melhor”. 

Mauro enfatiza que as características inferiores necessitam de gatilhos. “Uma coisa é gostarmos, outra é necessitarmos. Ao invés de brigarmos com as pessoas, situações ou circunstâncias da vida que afloram características inferiores, mas percebermos que são instrumentos do Divino para sabermos o que temos de inferior para melhorarmos, ajuda muito. O amadurecimento do ego leva à agradecer as situações ou pessoas que levam ao afloramento das inferioridades, pois elas são para a própria evolução do espírito”. 

Comunicação ABPR

Denise Rasmussen Reis (Jornalista)